sábado, 2 de julho de 2011


Às vezes me pego admirando minhas fotos antiga e depois vou olhar-me no espelho.
Nossa! ...
Isso me deixa extremamente triste, pois percebo que me transformei em uma aberração...
Sem sentimento
Sem face
Sem vida
O mais engraçado é que ninguém se da conta disso. Será que essas pessoas são tão monstruosas quanto eu?



Melpômene

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Esse seu poema assemelha este de Cecília Meireles:

    RETRATO

    Eu não tinha este rosto de hoje,
    assim calmo, assim triste, assim magro,
    nem estes olhos tão vazios,
    nem o lábio amargo.

    Eu não tinha estas mãos sem força,
    tão paradas e frias e mortas;
    eu não tinha este coração
    que nem se mostra.

    Eu não dei por esta mudança,
    tão simples, tão certa, tão fácil:
    ─ Em que espelho ficou perdida
    a minha face?

    O final é bem legal "onde está minha face".
    ...
    Mas eu não gosto muito dessa ideia, acho que a imagem de uma pessoa só se torna monstruosa se ela quiser,
    ou seja, ela se vê assim, claro a mudança da imagem doce para uma amadurecida acontece e esta tem um certo limite, mas o limite pode se tornar mais próximo se a pessoa permitir isso.

    A imagem jovem não está perdida ela se incorporou na nova, sumindo com o estado de potência da nova, pois quem conheceu a antiga ainda a enxerga na pessoa, é como os pais veem seus filhos quando crescidos, para eles ainda são seus "bebês".

    ^^

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